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Foto do escritorBeatriz Barbosa

70 anos de Fórmula 1: Uma breve história sobre a competição

70 anos se passaram desde que a Fórmula 1 como conhecemos hoje teve início, da década de cinquenta até os dias atuais, muita coisa se renovou na modalidade que se tornou uma das mais ricas do esporte mundial. Com corridas emocionantes e pilotos que se sagraram na história da categoria, a Fórmula 1 comemorou em grande estilo seu septuagésimo aniversário no GP onde tudo começou.



Reprodução/ Getty Images
Reprodução/ Getty Images

Tudo começou em 13 de maio de 1950, um sábado que marcou o início de uma era. Em Silverstone, 22 pilotos entraram na pista visando a vitória que ficou na conta do italiano Giuseppe Farina, da Alfa Romeo. Além de primeiro vencedor de um corrida, Farina também foi o primeiro campeão da Nova Fórmula 1. É importante ressaltar que a Fórmula 1 foi paralisada devido a segunda guerra mundial e só pode reiniciar em 1950, quando voltou com o formato que deu início ao que conhecemos hoje.

Naquela primeira corrida o pódio foi formado pela Alfa Romeo que teve Giuseppe Farina chegando em primeiro, Luigi Fagioli e Reg Parnell, a equipe ainda havia levado Juan Manuel Fangio para o GP e não contou com a presença de sua grande rival da época, a Ferrari. Mais de 200 mil pessoas assistiram aquela corrida na qual Farina, Fangio e Fagioli revezaram a liderança no começo da prova, mas logo Farina assumiu a posição e a manteve por 63 das 70 voltas do circuito. O italiano cruzou a chegada com a vantagem de 2s6 para o segundo colocado.

Desde a estreia da Fórmula 1, muita coisa mudou e algumas eras foram estabelecidas:

1950-1958- Volta às pistas: O retorno pós Segunda Guerra ficou marcado pela dominância das equipes e carros de fábrica: Alfa Romeo, Ferrari, Mercedes-Benz e Masserati. Essas equipes já haviam participado das corridas na fase anterior a paralisação causada em decorrência da segunda grande guerra. Assim que a Fórmula 1 retornou, os carros utilizados eram de antes da guerra, com motor dianteiro e pneus estreitos e o regulamento usado era o da Fórmula 2.

1959-1980- A época dos “Garagistas”: O nome “garagistas” faz referência as equipes que desenvolviam seus carros na garagem e não em grandes fábricas. Nesse período a aerodinâmica foi ganhando importância nos desenhos dos carros a partir do surgimento dos aerofólios no final dos anos 60. Dez anos depois a Lótus introduziu esse efeito no solo, o que aumentava a velocidade nas curvas.

1981-2000- O grande negócio: Foi a partir de 1980 que a Fórmula 1 começou a se transformar no grande negócio que é hoje. Bernie Ecclestone foi o grande responsável pelo início dessa transformação, já nos anos 1970, reorganizou o gerenciamento de direitos comerciais da F1.

2000-2007- A volta das fábricas: Neste período, as regras eram frequentemente alteradas com a intenção de melhorar as corridas, reduzir os custos e evitar manipulação de resultados, incluindo a etapa de classificação. Após longo período sendo dominada por equipes especializadas, a Fórmula 1 voltou a ser dominada por fábricas e começou com a criação da Jaguar. Foi em 2006 que as fábricas se firmaram na Fórmula 1 com a volta da Renault, a presença da BMW, Toyota, Honda e Ferrari, mesmo a McLaren não sendo uma equipe de fábrica, passou a ter um participação importante da Mercedes-Benz.

2008-2011- A saída das fábricas: Com a saída de equipes tradicionais de fábrica, as equipes privadas passaram a ser maioria na F1. A primeira a deixar a categoria foi a Honda que oficializou a saída em dezembro de 2008, com a promessa de voltar em 2015 como fornecedora de motores da McLaren, como aconteceu. Um ano depois, foi a vez da Toyota de abandonar a competição, a Renault foi deixando a categoria de forma gradativa, com a venda de suas ações para o grupo Lótus em 2010, seis anos depois recomprou as ações e voltou como equipe própria. 2008 foi marcado pelo equilíbrio do campeonato e a disputa do título por Felipe Massa e Lewis Hamilton, que foi decidido no Brasil. Massa venceu a corrida e estava sangrando-se campeão, até que Hamilton conseguiu o quinto lugar que precisava e levou o troféu por apenas um ponto de diferença. Já em 2009 foi marcado pelo surgimento da equipe de Ross Brawn, tendo como pilotos Jenson Button e Rubens Barrichello, a nova escuderia conquistou o título no ano com Jenson Button. 2010 tem como principal marca o retorno de Michael Schumacher correndo pela Mercedes, mas sem conseguir repetir o sucesso anterior. 2011 foi marcado pelo domínio de outro alemão, Sebastian Vettel e a implantação da asa traseira móvel.

2012-2019- A Fórmula 1 como conhecemos hoje: 2012 teve como marca a volta do GP dos Estados Unidos, realizado no Circuito das Américas, em Austin, Texas. Seis campeões da Fórmula 1 estiveram presentes na temporada, sendo eles: Sebastian Vettel, Fernando Alonso, Jenson Button, Lewis Hamilton, Kimi Raikkonen e Michael Schumacher, batendo o recorde de cinco, em 1970. Vettel foi o campeão da temporada com 281 pontos. O ano também foi marcado pelo anúncio de Monisha Kaltenborn como chefe da equipe HRT, sendo a primeira mulher a conquistar o cargo na história da F1. Vettel se tornou o mais jovem piloto a se tornar tricampeão após uma eletrizante recuperação no GP do Brasil, onde terminou em sexto colocado após problemas de estratégia e colisão, fez a pontuação mínima e desbancou Fernando Alonso. Em 2013 Hamilton se transferiu para a Mercedes e Bottas foi promovido pela Willians onde atuava como piloto de testes. 2013 foi também o ano onde Schumacher anunciou sua aposentadoria em definitivo e Sebastian Vettel se tornou tetracampeão. Em 2014 Hamilton conquistou o seu segundo título com 384 pontos. Após 12 temporadas, Mark Webber anunciou sua aposentadoria. O GP do México voltou a ser disputado em 2015, após 23 anos. Hamilton garantiu o seu tricampeonato. Em 2016, Rosberg conseguiu desbancar Hamilton e foi o campeão, confirmando a hegemonia da Mercedes na Fórmula 1, o piloto anunciou sua aposentadoria logo após a conquista. De 2017 a 2019 Hamilton foi o grande campeão, se tornando o segundo maior vencedor, atrás apenas do hepta campeão, Michael Schumacher.

2020- Uma temporada atípica: A temporada 2020 da Fórmula 1 precisou ser adiada e começou em 5 de julho no GP da Áustria, várias provas foram canceladas, incluindo o GP do Brasil, que é sempre uma das melhores corridas da temporada. Atualmente a pontuação da F1 encontra-se assim:


1. Lewis Hamilton- 107 pontos

2. Max Verstappen- 77 pontos

3. Valtteri Bottas- 73 pontos

4. Charles Leclerc- 45 pontos

5. Lando Norris- 38 pontos

6. Alexander Albon- 36 pontos

7. Lance Stroll- 28 pontos

8. Sergio Perez- 22 pontos

9. Daniel Ricciardo- 20 pontos

10. Esteban Albon- 16 pontos

11. Carlos Sainz Jr.-15 pontos

12. Pierre Gasly- 12 pontos

13. Sebastian Vettel- 10 pontos

14. Nico Hulkenberg- 6 pontos

15. Antonio Giovanazzi- 2 pontos

16. Daniil Kvyat- 2 pontos

17. Kevin Magnussem- 1 ponto

Kimi Raikkonen, Nicholas Latifi, George Russel e Romain Grosjean ainda não pontuaram na temporada.


Lewis Hamilton está disposto a quebrar recordes nesta temporada, além do cobiçado hepta campeonato que o faria igualar Schumacher, o inglês ainda pode se tornar o piloto com mais vitórias na Fórmula 1, caso consiga bater o recorde de 91 conquistas de Schumacher.

Campeões da Fórmula 1:

Michael Schumacher: 7 títulos

Lewis Hamilton: 6 títulos

Juan Manuel Fangio: 5 títulos

Alan Prost: 4 títulos

Sebastian Vettel: 4 títulos

Jack Brabham: 3 títulos

Jackie Stewart: 3 títulos

Niki Lauda: 3 títulos

Nelson Piquet: 3 títulos

Ayrton Senna: 3 títulos

Grande Prêmio de Silverstone- 70 anos de Fórmula 1


Bryn Lennon/ Getty Images
Bryn Lennon/ Getty Images


Nesse domingo (9), aconteceu o GP de 70 anos da Fórmula 1, na pista onde tudo começou e o vencedor foi Max Verstappen em uma corrida que definiu muito bem o que é a Fórmula 1. Se piloto bom é piloto com personalidade, Verstappen apenas reafirmou o que todos já sabiam: ele é um dos melhores e tem um futuro brilhante. No início da corrida, o holandês estava atrás das duas Mercedes, em terceiro lugar e recebeu orientação da equipe para não apertar tanto o ritmo, mesmo estando com os pneus em boas condições. Verstappen se recusou a “pilotar como sua avó” e acompanhou de perto Hamilton e Bottas e ganhou a liderança quando ambos pararam para trocar os pneus. O jovem piloto manteve a velocidade e abriu vantagem. Hamilton chegou em segundo após conseguir ultrapassar Bottas, que fechou o pódio.

A estratégia foi fundamental para a conquista de Verstappen, que utilizou pneus duros que acabaram durando mais do que os adversários. Bottas decidiu adiantar a parada para ganhar vantagem, mas a Red Bull percebendo a tática, chamou Verstappen para o box na mesma hora. Hamilton que parou apenas nas últimas voltas, chegou com o carro mais rápido e conseguiu alcançar o companheiro de equipe, mas Verstappen já estava muito a frente e não pode ser alcançado, foi a primeira vez na temporada que uma corrida terminou sem vitória da Mercedes.

Charles Leclerc, da Ferrari conseguiu um bom tempo e chegou em quarto lugar, já seu companheiro de equipe, Sebastian Vettel chegou apenas em décimo segundo, novamente fazendo uma corrida ruim e aumentando o clima negativo na equipe, responsabilizando a escuderia pelo péssimo desempenho. Esse será o último ano de Vettel pela Ferrari, que já anunciou Carlos Sainz Jr. Como substituto do tetracampeão mundial, Vettel saíra da Ferrari sem nenhum título e na pior temporada de sua carreira.

O próximo circuito será na Espanha, no GP da Catalunha, no próximo domingo, 16, às 10h10 no horário de Brasília.

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