Em 2021, a Fórmula 1 presenteou o público com uma apresentação de gala. Desde o início da temporada, o recado foi dado: Lewis Hamilton e Max Verstappen dariam o seu máximo pelo título, e assim aconteceu.
A disputa foi repleta de altos e baixos. Em alguns momentos, Verstappen era o melhor, em outros, Hamilton deu o troco. Porém, a balança pendeu para o lado do holandês. Com um carro que apresentou melhor desempenho e constância, Verstappen finalmente teve em mãos o que esteve faltando por anos. Um equipamento que permitisse que ele brigasse páreo a páreo com a Mercedes de Hamilton.
E foi o ele fez. De forma tão eficaz, que superou o adversário.
A última dança em Abu Dhabi
Após cinco anos, o Circuito de Yas Marina voltou a receber a decisão de um campeonato de F1. Da última vez, Nico Rosberg foi o grande campeão. Com mudanças em seu traçado, a pista tornou-se mais rápida, porém os problemas no quesito ultrapassagens permaneceram.
Na largada, a primeira surpresa. Hamilton, que saiu da segunda colocação, conseguiu a ultrapassagem após a saída ruim de Verstappen. Porém , na primeira curva, aconteceu o primeiro embate dos rivais. Na tentativa de retomar sua posição inicial, o holandês acabou entrando em contato com o britânico, que escapou da pista e ganhou tempo sobre o adversário.
A FIA ordenou que Hamilton devolvesse o tempo que ganhou na manobra, o que gerou muita reclamação da parte da Red Bull. A prova continuou e Hamilton liderava com facilidade, impondo bons e importantes segundos em cima de seu adversário.
Assim que Verstappen foi chamado para os boxes, a Mercedes encaminhou o pit stop de Hamilton, que voltou para a pista atrás de Pérez e quase seis segundos a frente de Max. Esse foi um momento crucial da prova, pois quando o britânico alcançou o mexicano e tentou ultrapassar, Sergio Pérez conseguiu segurar o adversário de forma espetacular, ajudando seu companheiro de equipe a diminuir a distância e se manter vivo na disputa.
Toda a disputa entre Lewis e Perez se tornou mais admirável quando o mexicano foi para os boxes e foi mostrado a situação de seus pneus. O que impediu Verstappen de conseguir encostar antes, foi o tempo em que ficou preso atrás de Carlos Sainz Jr. após sua saída do pit.
Hamilton seguiu líder da prova, mesmo com a entrada do Virtual Safety Car após o abandono de Giovinazzi. Um dos momentos cruciais da prova vieram em seguida. Verstappen parou para sua segunda troca de pneus, enquanto a Mercedes permaneceu com o mesmo composto até o final da prova.
Porém, faltando cinco voltas para o final, um toque entre Nicholas Latifi e Mick Schumacher, que brigavam por posição, resultou na perca da traseira do carro da Williams que bateu contra o muro.
A entrada do Safety Car foi necessária e mudou completamente a história da corrida. Em resumo, a corrida ficou sobre bandeira amarela por quatro voltas, com os pilotos sendo liberados na última. A decisão aconteceu no único momento possível, com Verstappen ultrapassando Hamilton antes mesmo de chegar na reta.
O piloto da Mercedes tentou descontar, mas não conseguiu retomar a posição. Max Verstappen foi o primeiro a ver a bandeira quadriculada em Abu Dhabi e sagrou-se como o quarto campeão mais jovem da história da Fórmula 1.
Verstappen se emocionou muito após a corrida, proporcionando cenas emocionantes. De um lado, a alegria na sua forma mais pura, do outro, a tristeza. Hamilton estava desolado e demorou muito para sair do carro. Após a saída, recebeu o apoio do pai e de Angela Cullen, sua preparadora física.
Carlos Sainz Jr. aproveitou a festa no pódio, chegando em terceiro lugar. O piloto da Ferrari terminou na quinta colocação no mundial de pilotos, atrás apenas dos pilotos da Red Bull e Mercedes.
Ao todo, cinco pilotos abandonaram a corrida, foram eles: Kimi Raikkonen, George Russell, Antonio Giovinazzi, Sergio Pérez e Nicholas Latifi.
Após a corrida...
Algumas decisões do diretor de provas não agradou a Mercedes. A saída do Safety Car gerou um grande debate. Enquanto Hamilton aquecia os pneus para a relargada, Verstappen acelerou antes de Lewis, o que não é permitido pelo regulamento.
Para além disso, a principal reclamação ocorreu com os retardatários que não haviam tomado suas posições quando o carro de segurança saiu da pista. Os recursos foram negados pela FIA e a Mercedes deve apelar a corte desportiva.