O circuito de Monza é um dos mais tradicionais da história da Fórmula 1. Com suas grandes retas, o traçado conta com onze curvas e duas zonas de DRS. A partir deste ano, a curva 11- conhecida com Parabólica- recebeu o nome de Michele Alboreto, em homenagem ao ex-piloto. Nessa pista, o vácuo volta ser pauta, já que em Monza ele é mais poderoso.
No primeiro treino livre, na sexta-feira, Lewis Hamilton foi o mais rápido com o tempo de 1.20.926. Max Verstappen foi o segundo e Bottas o terceiro. Como a classificação para domingo foi decidida com a corrida rápida, o classificatório aconteceu na tarde de ontem e Valtteri Bottas foi o mais rápido (a classificação não conta como pole oficial) marcando 1.19.555, seguido de Hamilton e Verstappen. O destaque foi Antonio Giovinazzi que, pela terceira vez consecutiva, passou para o Q3.
Na manhã de sábado ocorreu o segundo treino livre, dessa vez em simulação de corrida. Hamilton foi novamente o mais rápido, com o tempo de 1.23.246, Bottas foi o segundo e Verstappen, terceiro. A sprint race (corrida rápida) aconteceu debaixo de um forte sol e Valtteri Bottas largou muito bem, liderando com tranquilidade a prova e ficando com a pole, somando três importantes pontos.
Hamilton, que largou em segundo, teve um desempenho abaixo do esperado e acabou indo para o quinto lugar, sendo ultrapassado por Verstappen, Ricciardo e Norris, que conseguiu se defender muito bem do compatriota. Apesar de ter terminado em primeiro, Bottas sofreu uma punição por conta da troca da unidade de potência e irá largar na última posição.
A Mercedes havia escolhido trocar o motor do carro do finlandês de forma estratégica, contando que Hamilton conseguisse se manter na segunda colocação e consecutivamente, ficasse com a pole. Mas, não apenas por isso, o ponto principal é que a troca da unidade de potência do carro de Hamilton será feita apenas quando a RBR decidir que é o momento de trocar o motor do carro de Verstappen, assim os dois serão punidos juntos, enquanto Bottas terá um motor novo, podendo conseguir uma boa classificação, já que Sergio Pérez, companheiro de Max, não consegue fazer boas classificações.
Na largada, Pierre Gasly teve um pequeno toque com a roda esquerda traseira de Daniel Ricciardo, o que fez com que seu carro perdesse a aerodinâmica na parte da frente, ocasionando na perda da asa. O piloto da Alpha Tauri acabou passando reto e indo para a caixa de brita, colidindo com a proteção de pneus e abandonando a corrida sprint. Pierre foi o último vencedor em Monza, e irá largar do pit lane, aproveitando que não conseguiu terminar a prova- o francês iria largar da 19ª posição- para trocar a unidade de potência e assim já cumprir a punição.
Mesmo em um final de semana com dominância da Mercedes, Max Verstappen consegue a pole - décima primeira de sua carreira - e, de acordo com palavras do próprio Hamilton, deve ter uma vitória tranquila amanhã. Isso porque, marcar a pole é muito importante em Monza. Na pista, não há problemas com ultrapassagem, a média são de 40 por prova, mas o engarrafamento gera dificuldades para os pilotos; outro ponto importante é que o pole larga do lado limpo da pista.
No Grande Prêmio da Itália, as equipes buscam fazer apenas uma parada, isso porque a média no pit é uma das maiores da temporada (cerca de 25s no total). Nessa prova, vale ficar de olho nos carros da McLaren, que largam em 2° com Daniel Ricciardo e 3° com Lando Norris, ambos correram muito bem durante o final de semana e deixam a expectativa de uma boa corrida. O único piloto italiano do grid, Giovinazzi, larga em 7°, conseguindo um excelente resultado.
Nessa semana, os pneus disponíveis são C2 (duro/ branco), C3 (médio/amarelo) e C4 (macio/vermelho). Como o grid foi definido pela sprint, a escolha de pneu para a largada é livre. A pista tem uma extensão de 5.793 metros e 53 voltas, sendo a pista com a maior velocidade da temporada.
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