Desde sua criação em 1951, a Fórmula 1 viu 34 homens conquistando o tão cobiçado título de campeão mundial. Alguns viraram lendas e dentre eles, um virou o homem a ser batido. Michael Schumacher, um alemão que vivenciou um infância difícil e perseguiu seu sonho até chegar ao topo, feito que repetiu por sete vezes, sendo cinco de forma consecutiva, foi o primeiro a conseguir a façanha.
“Eu sempre acreditei que você nunca deve desistir e você deve sempre continuar lutando mesmo quando há apenas uma pequena oportunidade.” - Michael Schumacher
Nascido no dia 3 de janeiro de 1969, o astro da Fórmula 1 iniciou sua carreira em 1991, fazendo uma única corrida pela Jordan e conseguindo se classificar em 7° lugar logo na estreia. O feito foi o suficiente para que a Benetton o escolhesse como piloto, dando início a uma gloriosa jornada.
Foram quatro anos defendendo a escuderia e dois títulos conquistados. O primeiro, no fatídico ano de 1994, que foi marcado pelos acidentes fatais de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna. O do brasileiro foi visto por Schumacher, que vinha logo atrás e assistiu toda a cena. Desde então, Schumacher não conseguiu mais tocar no nome de Senna, que lhe era uma inspiração, sem se emocionar profundamente.
Porém, o ano foi dominado por Schumacher, que iniciou o ano com o pé direito, enquanto os carros da Williams sofriam com as mudanças do regulamento. Mesmo com a vantagem inicial, o alemão foi campeão com apenas um ponto de vantagem para Damon Hill. Isso ocorreu porque na segunda metade do campeonato, a Williams conseguiu melhorar o carro e Hill deu uma guinada na sua performance, brigando até a última prova pelo título, que foi decidido no GP da Austrália.
Em 1995, teve um ano mais fácil na defesa de seu título, vencendo 9 das 17 corridas da temporada. Esse foi seu último ano na Benetton. Em 1996, se transferiu para a Ferrari. A escuderia italiana apostou em Schumacher, já que não vencia desde 1979.
Os quatro primeiros anos não foram fáceis. A equipe não conseguia entregar um bom carro e mesmo batendo na trave, Schumacher não conseguia atingir o objetivo de ser campeão. O jogo virou em 2000, onde repetiu o feito de vencer 9 das 17 corridas e sagrou-se tricampeão mundial, igualando o feito de Senna.
Dali em diante o alemão emplacou mais quatro títulos: 2001, onde faturou 11 poles e 9 vitórias. 2002, vencendo 11 de 17 etapas, nesse ano ocorreu a polêmica decisão da Ferrari de ordenar que Rubens Barrichello deixasse Schumacher vencer o GP da Áustria. 2003, vencendo apenas 6 de 16 provas, nesse ano enfrentou a forte concorrência de Kimi Raikkonen, que na época corria pela McLaren. Já em 2004, obteve um ano tranquilo e venceu 13 das 18 provas, encerrando sua hegemonia na F1.
Permaneceu na Ferrari até 2006, quando decidiu se aposentar. Em 2010 retornou à categoria, mas dessa vez defendendo a Mercedes, onde ficou por dois anos, mas os resultados insatisfatórios com a equipe alemã levaram Schumacher a encerrar em definitivo sua carreira como piloto de Fórmula 1.
Em 29 de dezembro de 2013, enquanto esquiava na França, Michael Schumacher sofreu um grave acidente. Após bater a cabeça em uma pedra, o piloto sofreu graves lesões cerebrais. Seu estado de saúde é mantido em segredo pela família, respeitando a vontade do próprio Schumacher.
Em 2019, a família emitiu um comunicado dizendo que o piloto estava amparado pelos melhores médicos que faziam tudo o que estava no alcance da medicina para que ele melhorasse. Muitas especulações giram ao entorno da atual situação de Schumacher, mas o desejo da família segue sendo devidamente respeitado.
Schumacher é uma lenda do esporte a motor, entre seus 7 títulos e 91 vitórias, o piloto elevou o patamar da competição, se tornando o homem a ser superado.
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