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Foto do escritorBeatriz Barbosa

A camisa 10 ainda é a mais pesada?

Por muito tempo, a camisa dez foi a mais cobiçada por todos os jovens jogadores. O peso do número que por muito tempo estampou as costas de Pelé e Maradona, fez com que fosse a camisa mais desejada, só o verdadeiro craque do time era apto a vesti-la.



Reprodução / Museu da CBF
Reprodução / Museu da CBF


E assim uma tradição fora criada. Depois de Pelé, muitos outros grandes jogadores honraram o número, tanto na seleção brasileira quanto em vários outros clubes e seleções. Mas, de um tempo para cá, parece que as coisas foram mudando, seria esse mais um reflexo da famigerada modernização do futebol?


Para exemplificar a reflexão aqui proposta, vou usar como base o time do Corinthians de 2012, especificamente o que foi campeão da Libertadores. Você lembra quem era o camisa 10 daquela equipe?


Se na final nós tínhamos de um lado Riquelme com a 10 do Boca Jrs, do lado do Corinthians nós tínhamos Marquinhos, no banco, vestindo a 10 dos corinthianos. Sim, Marquinhos, zagueiro que atualmente defende o PSG e a seleção brasileira. Poucas pessoas se lembram desse detalhe, mas na época Marquinhos precisou ser inscrito as pressas na competição, após a saída de Adriano e herdou a camisa do Imperador. O fato é que o clube poderia ter inscrito o zagueiro com qualquer outro número, mas optaram pelo 10. Marquinhos estava longe de ser o craque da equipe, era apenas o início de sua carreira, mesmo assim foi o escolhido para usar o número mais valioso do futebol.

Um exemplo mais recente é o 10 da seleção da Alemanha. Após a conturbada aposentadoria de Özil, a camisa 10 passou a ser vestida por Brandt, um dos mais promissores talentos da nova geração alemã. Brandt tem potencial para ser um dos craques desse time, mas ainda é muito cedo para a usar a dez. Outro detalhe que incomoda é que raramente ele inicia as partidas entre os titulares. Usei desses dois exemplos para mostrar que mesmo de forma gradativa, com o passar dos anos a camisa 10 perdeu força, o número místico do futebol, virou só mais um. Algo banal, comum.


Para muitos, pouco importa o número que o jogador vista, desde que em campo, ele mostre futebol e gere bons resultados para a equipe. Mas, será que as tradições valem tão pouco? Uma camisa com tanta história não merecia mais respeito por parte de seus herdeiros?

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