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Foto do escritorThainá Santos

Futebol e política podem e devem se misturar!

Muito hoje fala-se da falta de posicionamento de pessoas que principalmente trabalham no futebol, em sua maioria esse questionamento parte pela não posição que muitos dos atletas principalmente brasileiros, dirigentes, presidentes de clubes escolhem não tomar, seja não questionando, não demonstrando nenhum tipo de manifestação e em alguns casos para piorar acabam utilizando - se sua de sua imagem pública para se auto promover e servir de alavanca para políticos, sendo um exemplo famoso, o caso do jogador Neymar nas eleições de 2014, quando declarou seu apoio a Aécio Neves.


Cobramos tanto o posicionamento de pessoas públicas, principalmente no que diz respeito as questões que permeiam o país, mas e quando uma pessoa do ramo do futebol se manifesta de forma política e tiram a validade de seu discurso?

Foi o que aconteceu com Raí, ex - jogador e diretor executivo de futebol do São Paulo. Em seu discurso Raí criticou diretamente o presidente Bolsonaro, citando sua irresponsabilidade em sua postura diante a pandemia em que vivemos e até falando em esperar uma renúncia por parte do presidente.


Porém, esse posicionamento foi questionado pelo comentarista da globo, Caio Ribeiro que disse que o Raí deveria focar em falar de futebol e não de política e que ele como representante de uma entidade por mais que seja sua opinião pessoal acaba por respingar na instituição que ele representa. Uma opinião super válida ok, mas por que um profissional do esporte só deve ficar preso a declarações referentes a sua área? um questionamento que foi muito bem colocado pelo comentarista Walter Casagrande e são esses posicionamentos como o de Caio Ribeiro que explicam muito bem a cultura atual da ausência de posição dos clubes brasileiros e dos que assim os representa sobre os mais variados assuntos.


Raí é irmão de Sócrates, que além de ter sido um jogador incrível também era um cara atuante na política e tudo isso em um dos momentos mais sombrios da nossa história: o regime militar. Sócrates fazia uso de sua personalidade futebolística conhecida para levantar bandeiras que se estendiam além dos gramados, como a tão conhecida Democracia Corinthiana que foi consolidada pelo próprio Sócrates e pelo agora ex jogador também já citado acima Walter Casagrande, que tinha como objetivo a luta pela redemocratização do país.


Outro fator a ser questionado é porque um presidente da república pode então fazer o uso frequente de estádios, participar da comemoração de um título, ser exaltado, ser vaiado, tudo isso dentro dos palcos do futebol, utilizar camisetas de clubes sem ser questionado? todas essas ações nunca foram criticadas, ainda mais por serem praticadas pelo representante maior do país, mas não deixam de ser desvinculadas de política.


O futebol, não deve somente ficar preso aos seus moldes. Os figurões, os presidentes, os dirigentes, os jogadores, os funcionários, todos podem sim e devem opinar sobre política independente de suas áreas atuantes, até porque o futebol é sim um lugar de posicionamento político e um modelo atuante na sociedade.









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