O adeus é difícil, mas o legado é eterno!
- Beatriz Barbosa
- 28 de jan. de 2020
- 3 min de leitura
O mundo do esporte é sempre repleto de alegrias. Essa é essência. A felicidade, as conquistas, a superação. Mas nem mesmo um ambiente tão feliz, está livre de momentos tristes. Em seu primeiro mês, 2020 nos obrigou a despedir-se de pessoas que tornaram os amantes do esporte, seja ele qual for, mais feliz.
São diversas as maneiras de tornar o esporte eterno. Seja brilhando em quadra, campo, piscinas. Com a bola laranja, oval ou a tradicional preta e branca do futebol. Lendas são eternizadas, sejam eles atletas ou as vozes que contam suas histórias. O esporte é mágico e no final, mesmo com a dor da despedida, o que permanece conosco são os momentos mágicos proporcionados por quem sabe o que faz.

Aqui, fica nossa singela homenagem aqueles que se foram e deixaram saudades, mas acima de tudo, nos presentearam com legados e momentos eternos.
Marilene Dabus ou a moça do Flamengo, como foi carinhosamente apelidada, se tornou um símbolo do jornalismo. Pioneira, abriu espaço para as mulheres adentrarem no mundo da mídia esportiva. Graças ao primeiro passo dado por Marilene, que encarou os vestiários - e o machismo - cada vez mais mulheres ocupam as mesas redondas, redações e programas esportivos.

Repórter, assessora e vice-presidente de comunicação do seu clube do coração. Hoje, a sala de imprensa do Flamengo recebe seu nome. Marilene lutou até os últimos instantes contra um câncer. A jornalista faleceu no último dia 17, mas seu legado permanecerá vivo e passado de geração em geração.
Sérgio Noronha, o Seu Nonô, esteve presente em momentos marcantes, como a Copa de 1950. Viu o Brasil se tornar o maior, cinco títulos, e nos emprestou sua voz, seu talento, para eternizar cada competição em nossas memórias. Radialista, repórter, redator, editor, colunista, apresentador e vascaíno, apaixonado pelo gigante da colina.

Seu Nonô esteve presente no esporte global por 40 anos, depois se transferiu para o grupo Bandeirantes. Em seus últimos momentos de vida, sofreu com o Mal de Alzheimer e se despediu de nós no último dia 24, aos 87 anos.
Rob Rensenbrink foi um dos principais jogadores da seleção holandesa que disputou as Copas de 1974 e 1978, que ficou conhecida como Carrossel holandês. Graças a seus movimentos habilidosos na hora do drible, recebeu o apelido de "Homem-Serpente". Iniciou sua trajetória no esporte no Anderlecht. Disputou posição com Johan Cruyff e consagrou-se em 1978, quando na ausência de Cruyff, teve mais oportunidades no ataque e logo na estréia contra o Irã, marcou três gols.

Um craque, que encantou uma geração de holandeses e amantes de futebol, que viu a laranja mecânica, o carrossel de talentos que por peripécia do destino, não levantou a taça de campeão, mas que a sua maneira, conquistou o mundo. Os fãs se despediram dessa lenda, também no último dia 24.
Kobe Bryant: O que dizer quando não se está pronto para o adeus?
Em nossas cabeças, as lendas são intocáveis. E de vez em quando o mundo nos prova o contrário. De forma dolorosa e inesperada, somos obrigados a nos despedir de quem ainda tinha muito a nos oferecer.
O Jordan para quem não viu Jordan jogar. Uma das maiores lendas do NBA e ídolo absoluto no Los Angeles Lakers. MVP em 2008, 81 pontos em uma única partida, contra o Toronto Raptors, em 2006. Bryant não foi ídolo apenas dentro de quadra, seu talento com a bola laranja o imortalizou como atleta, mas seu caráter o eternizou como ser humano. É difícil entender como o destino se desenrola, mas o que fica claro é que não existe como se preparar para o que ele nos reserva.

Muito além de seus lances imortalizados na memória dos fãs, Kobe Bryant permanecerá vivo por seu legado, por quem foi e o que transmitiu para cada um dos seus, é difícil dizer adeus, porém precisamos lembrar que os heróis vem e vão, mas as lendas são eternas.
As despedidas podem ser precoces, mas a felicidade que o esporte proporciona, são para sempre.
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