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  • Foto do escritorBeatriz Barbosa

O declínio da Alemanha

Atualizado: 12 de out. de 2019

Campeã do mundo em 2014 e mantendo o alto nível nas demais competições que se seguiram (Eurocopa 2016: eliminada na semifinal; Olimpíadas 2016: Vice- Campeã; Copa das Confederações 2017: Campeã), os alemães tiveram um declínio em seu desempenho dentro de campo que vem assustando seus torcedores e intrigando a todos que estão acostumados com os triunfos e alto rendimento de uma tetra campeã mundial.





Já em 2018, a história mudou. Sendo uma das favoritas ao título da Copa, a seleção da Alemanha deixou – e muito - a desejar. Estreando com derrota diante da seleção do México. Os alemães voltaram a respirar quando no último minuto de jogo, Toni Kroos consegue uma virada que poderia ser histórica diante da seleção da Suécia, tudo o que a Alemanha precisava era de uma vitória com um gol de diferença diante da seleção da Coréia do Sul e estaria classificada para as oitavas de final.

Mas o futebol é um esporte inesperado, e como uma caixinha de surpresas, é impossível dizer o que irá acontecer em um jogo antes que o árbitro apite o final da partida e a Alemanha entendeu isso de um jeito amargo, perdendo de 2x0 para a já eliminada Coréia do Sul e se tornando a lanterna de um grupo onde era favorita, o sonho do penta morria diante daquele deslize.

Mesmo eliminada tão precocemente da Copa, o ano dos alemães ainda não estava acabado, com um clima um tanto pesado fora de campo, a Alemanha ainda teria mais um compromisso oficial em seu calendário: a Liga das Nações. Competição criada pela UEFA que reúne várias das seleções europeias e as divide em grupos, o B seria uma espécie de segunda divisão, enquanto o grupo A seria a elite do torneio.

A Alemanha encontrava-se no primeiro grupo, junto com França e Holanda, os alemães conseguiram a façanha de serem rebaixados para o grupo B, mais um vexame para esse ano que não foi fácil para a famigerada seleção do 7x1.

Na Alemanha existe um ditado que diz “Se o Bayern vai bem, a seleção vai bem.” O que faz sentido; parando para analisar, em 2014 quando conquistou o tetra campeonato mundial, a base da seleção era composta por jogadores bávaros, nessa época o Bayern vivia uma de suas melhores temporadas. Já em 2018, o Bayern não andava muito bem das pernas e a Alemanha acabou tropeçando, duas vezes...

Muitos acreditam que o principal problema da seleção seja a falta de experiência de muitos jogadores, muitos vindo das seleções de base, mas se esse fosse o verdadeiro problema, a Alemanha também não teria fracassado na Copa das Confederações, na qual enviou apenas sua “seleção B”? o único titular da seleção campeã da Copa das Confederações em 2017 que esteve presente no título conquistado em 2014 era Julian Draxler.

Ocorreram fatores externos que também prejudicaram dentro das quatro linhas, o principal exemplo foi o ocorrido com o camisa 10 da Alemanha, Mesut Özil. Em meados de maio, o meio campista do Arsenal pousou para uma foto com o presidente turco Tayyio Erdogan, a participação de Özil e Gündogan nas eleições turca não agradaram a confederação alemã e após a eliminação na Copa, Özil anunciou sua aposentadoria da Alemanha, alegando ser alvo de discriminação devido a sua origem turca.

O clima que já estava pesado... piorou.

Em uma avaliação geral, o técnico Joachim Low afirmou que apesar de tudo isso, a Alemanha teve um bom desempenho nesse ano que se encerra. Já em entrevista recente, o técnico afirmou que seu tempo na seleção Alemã chegou ao fim e visa voltar a treinar algum clube, nessa mesma entrevista o técnico frisou o Real Madrid, que tinha interesse em contrata-lo antes do início da Copa do Mundo.

O ano de 2018 foi marcado por uma queda livre de uma das seleções mais tradicionais do futebol, o que todo esportista espera é que a Alemanha volte ao alto nível e bom rendimento, porque uma seleção tetra campeã mundial e com craques espalhados por grandes clubes europeus não se pode dar ao luxo de viver uma temporada tão ruim quanto a desse ano.

Todos sabemos da grandeza dessa seleção que tem como referência seu trabalho com a base. Os novos talentos estão surgindo e jogadores renomados no mercado ainda tem muito a oferecer para o futebol e ao seu país, sabendo unir as duas patentes a Alemanha voltará a ser temida pelas grandes seleções, basta saber passar com sabedoria pelo processo de reconstrução.

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