Sabemos que um amistoso contra Honduras não deve servir como um parâmetro de avaliação da seleção brasileira, 7x0 contra uma modesta seleção. Mas, se há algo a ser analisado neste jogo foi o comportamento da seleção em campo, sem Neymar, assistimos uma seleção que priorizou o trabalho coletivo onde todos tiveram seu espaço para brilhar. Com um ataque formado por Richarlison, Gabriel Jesus e David Neres, o Brasil criou diversas oportunidades de gol e os três marcaram contra Honduras.
Essa Copa América chega como um divisor de águas para a seleção brasileira. Vencendo, o time comandado pelo técnico Tite dará um importante passo para reconquistar a confiança do torcedor. Perdendo, essa relação entre torcida e seleção ficará ainda mais abalada. O que mais afasta o torcedor brasileiro da seleção é a famigerada renovação que nunca vêm. William e Fernandinho são dois dos nomes mais criticados da lista, jogadores que tem seus valores em seus clubes, mas que nunca tiveram grandes feitos pela seleção.
Fabinho, volante do Liverpool que jogou o fino nesta temporada ficou de fora da lista do técnico Tite, surpreendendo muita gente. Mas não a essa jovem estudante que escreve esse texto. Eu já esperava por essa convocação, pois a muito desisti de ter esperanças que essa seleção fosse reajustada para o que o torcedor espera do Brasil. Claro que não podemos negar que ao menos uma parte da seleção está mudando, se reinventando. Nomes como Taison, Paulinho e Renato Augusto sumiram dessa lista, dando espaço para os mais jovens como Paquetá e Arthur - o último que virou preocupação após ter saído lesionado de campo no mesmo amistoso citado anteriormente- mas serão eles suficientes para reacender a chama da seleção que a muito vem sendo apagada?
Mas, respondendo à pergunta que dá título a este texto, até onde a seleção brasileira pode chegar neste torneio?
Sabemos que a Copa América não é dos torneios mais disputados, porém reúne as potências da América do Sul. Chile, Colômbia, Uruguai e Argentina. Grandes seleções que são favoritas ao título junto com o Brasil, às chances de encontrarmos uma dessas seleções no caminho é enorme, o que mostra que o Brasil não terá vida fácil. Como anfitriões queremos fazer bonito, levantar a taça diante da torcida. Se o Brasil se comportar diante das gigantes, da mesma maneira que se comportou frente a modesta Honduras, acredito que será possível sim chegar ao objetivo final.
Para alguns, a maior missão do Brasil na Copa América é mostrar que pode vencer a tal da “Neymar dependência”. Para mim, o nosso maior objetivo é mostrar par o torcedor que ainda somos gigantes e não nos acovardamos diante dos rivais. A canarinha precisa de respeito, tanto por parte de quem à veste, quanto de quem a enfrenta.
O Brasil estreia contra a Bolívia nesta sexta-feira, as 21h30 pelo horário de Brasília. O primeiro passo será dado amanhã, até o título serão seis e o Brasil precisa jogar com a raça de um gigante em cada um desses, só assim o antidoto para a doente relação entre torcida e seleção poderá ser conquistado. Para nós, resta torcer, vibrar e desejar boa sorte para a garotada que entrará em campo defendendo nossas cores!
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